Introdução
É na tecnologia que a Multimédia
assenta – graças à tecnologia a Multimédia pode ser experimentada. A utilização
diversificada de diferentes meios, entre o emissor e receptor, para a
divulgação da mensagem é, de maneira simples, o que significa a Multimédia. Caracterização dos diferentes tipos de media existentes
que podem ser combinados nos produtos multimédia; diferenciar modos de
divulgação de produtos multimédia Online de
Offline; estabelecer a diferença
entre aplicações multimédia lineares e não-lineares; distinguir produtos
multimédia baseados em páginas de baseados no tempo; compreender como é feita a
representação digital da informação e como é realizada a amostragem, a
quantização e a codificação num sistema digital; enumerar os recursos de hardware necessários para a construção
de um sistema multimédia mencionando algumas características elementares dos
seus componentes e indicar as principais funções do software de captura, de edição e de reprodução dos vários tipos de media.
1 - Conceito de Multimédia
Tendo em conta a raiz etimológica da palavra
“Multimédia” nota-se que este termo pode ser separado em duas partes: “Multi” e
“Média”.
Multimédia
O vocábulo
Multi é
proveniente da
|
O vocábulo Média é o plural da
palavra
|
palavra do latim multus, cujo significado
|
do latim médium,
que significa meio.
|
pode ser traduzido pelas palavras:
|
|
múltiplo ou numeroso.
|
Sendo assim, a definição mais acertada para
Multimédia pode ser: uso diversificado de meios, entre o emissor e o receptor,
para a divulgação da mensagem.
Nota: Visto que em latim "medium" é o
singular de “media”, o termo "Multimédia" pode ser considerado um
pleonasmo.
Citações relativas ao conceito de “Multimédia”:
·
1993 (Fetterman & Grupta) – Dão especial ênfase à natureza
multissensorial da multimédia. Segundo eles, esta restringe-se unicamente a
aplicações que incluam interactividade, cor e experiências multissensoriais.
·
1994 (Minoli & Keinath) – Definem multimédia como sendo uma tecnologia que capta a atenção dos
utilizadores através de vídeos, gráficos, áudio e texto (informação não-numérica).
·
1996 (Vaughan) – Inclui dispositivos não digitais na sua definição de multimédia,
resumindo este conceito como: “Multimédia é qualquer combinação de texto, arte
gráfica, som, animação e vídeo apresentada ao utilizador por um computador ou
por outro meio electrónico”.
·
2000 (Chapman & Chapman) – Definição actual de Multimédia. O conceito consiste numa simulação
controlada por computador em que esta inclua
um tipo de media estático e um tipo de media dinâmico (ver tipos de media
página 6).
Tipos de Media
Multimédia é a combinação, controlada por computador, de pelo menos um tipo de média estática (texto, fotografia, gráfico), com pelo menos um tipo de média dinâmica (vídeo, áudio, animação). Quando se afirma que a apresentação ou recuperação da informação se faz de maneira multissensorial, quer-se dizer que mais de um sentido humano está envolvido no processo, fato que pode exigir a utilização de meios de comunicação que, até há pouco tempo, raramente eram empregados de maneira coordenada, a saber:• Som (voz humana, música, efeitos especiais)• Fotografia (imagem estática)
• Vídeo (imagens em pleno movimento)
• Animação (desenho animado)
• Gráficos
• Textos (incluindo números, tabelas, etc.)
O termo multimédia refere-se portanto a tecnologias com suporte digital para criar, manipular, armazenar e pesquisar conteúdos. Os conteúdos multimédia estão associados normalmente a um computador pessoal que inclui suportes para grandes volumes de dados, os discos ópticos como os CD’s (CD-ROM, MINI-CD, CD-CARD) e DVD’s, abrange também nas ferramentas de informática a utilização de arquivos digitais para a criação de apresentações empresárias, catálogos de produtos, exposição de eventos e para catálogos eletrónicos com mais facilidade e economia. Privilegiando o uso dos diversos sentidos visão, audição e tato este tipo de tecnologia abrange diversas áreas de informática.
Quanto à sua natureza espaciotemporal
Tipos de Media - Dinâmicos
Os tipos de media dinâmicos incluem os tipos de informação multimédia cuja apresentação exige uma representação contínua ao longo do tempo, ou seja, o tempo faz parte do próprio conteúdo. Se a informação temporal se alterar, isto é, se a sequência dos elementos que constituem o conteúdo for modificada, o significado do conteúdo também se altera.
Tipos:
• Áudio: – CD’s de música, jogos eletrónicos, páginas Web;
- Analógico: cassetes, disco vinil;
- Digital pode ser obtido por:
- Digitalização (a partir de fontes sonoras, resultando em ficheiros que, mesmo compactados, ocupam um espaço considerável e apresentam perdas de qualidade do sinal capturado);
- Diretamente (utilizando um sintetizador MIDI da placa de som. Desta forma, os ficheiros apenas guardam a informação do áudio a ser reproduzido, resultando em ficheiros mais pequenos e de qualidade superior).
• Vídeo: – Dois tipos de Vídeo:
- Analógico: VHS;
- É o movimento sequencial de um conjunto de imagens, também conhecidas por fotografias ou frames. O número de frames apresentadas por segundo designa-se por frame rate.
• Animação – É o movimento sequencial de um conjunto de gráficos, no formato digital, que vão sofrendo alterações ao longo do tempo. Desenhos animados
• Espaço Virtual – jogos de vídeo, apartamentos e cidades virtuais.
Tipos de Media Estáticos
Também se designam por discretos ou espaciais, na medida em que a sua apresentação envolve apenas a dimensão espacial.
Os tipos de media estáticos são, portanto, constituídos por elementos de informação independentes do tempo, que apenas variam na sua dimensão espacial, tais como parágrafos de texto ou modelos gráficos. Estes elementos podem ser apresentados em qualquer sequência ou em instantes de tempo arbitrários sem perderem o seu significado.
• Tipografia – textos datilografados (máquinas de escrever);
• Texto – livros, jornais, revistas, mensagens SMS e o correio eletrónico (email);
• Hipertexto – texto com ligações (links), presente nas páginas da internet, geralmente em conjunto com imagens, áudio ou vídeo;
• Imagens – capturadas por câmaras fotográficas digitais, podem também resultar de fotografias convencionais passadas para o computador através da utilização de scanner;
• Gráficos – desenhos ou esquemas constituídos por formas geométricas, por exemplo, as plantas de uma casa.
Multimédia designa a combinação, controlada por computador, de texto, gráficos, imagens, vídeo, áudio, animação e qualquer outro meio, pelo qual a informação possa ser representada, armazenada, transmitida e processada sob a forma digital, em que existe pelo menos um tipo de media estático( textos, gráficos ou imagens) e um tipo de media dinâmico( vídeo, áudio ou animação).
Quanto à Origem
2. Capturados: são aqueles que resultam de uma recolha do exterior para o computador, através da utilização de hardware específico, tais como, scanners e câmaras digitais.
Sintetizados: são aqueles que são produzidos pelo próprio computador através da utilização de hardware e software específicos.
Modos de divulgação de conteúdos multimédia
Os modos de divulgação dos conteúdos multimédia podem ser dividido em duas partes: a divulgação online e a divulgação offline.
Online: significa a disponibilidade de uso imediato dos conteúdos multimédia. Pode ser efetuada através da utilização de uma rede informática local de um conjunto de redes, tal como a World Wide Web.
Vantagens:
Vantagens:
Através da divulgação de conteúdos multimédia online a principal vantagem com que nos deparamos é a possibilidade de ser acessível a uma maior variedade de pessoas, pois basta ao utilizador aceder a rede para ter ao seu dispor vários conteúdos multimédia.
Desvantagens:Normalmente os conteúdos multimédia são ficheiros muito “pesados” contendo centenas de MB. Isto dificulta ao utilizador ter acesso a eles via online, pois é mais difícil e demora mais tempo aceder a esses mesmos conteúdos multimédia
Offline: é efetuada através da utilização de suportes de armazenamento, na maioria das vezes do tipo digital. Neste caso, os suportes de armazenamento mais utilizados na divulgação de conteúdos multimédia são do tipo óptico, CD e DVD.
Vantagens:
Para o utilizador é mais fácil ter acesso aos dispositivos que façam a divulgação dos conteúdos multimédia como os CD’S e os DVD’s e é também mais fácil de os utilizar desta forma visto que os CD’s e DVD’stêm uma maior capacidade de armazenamento sendo assim capazes de armazenar os conteúdos multimédia.dz
Desvantagens:
A desvantagem neste tipo de divulgação de conteúdos é que o utilizador tem de transportar os dispositivos com ele o que os torna menos acessível. Enquanto que pela via online apenas tem de aceder a rede.
Linearidade e não-linearidade
A linearidade multimédia pode ser entendida como o facto do utilizador apenas receber a informação que é transmitida pelo computador, não podendo alterá-la nem decidir como a ação se desenrola.
Esta é a forma de aprendizagem mais utilizada, o professor ensina e o aluno limita-se a recolher a informação.
A linearidade é muito mais objetiva, dando ao utilizador apenas o que ele precisa. Desta forma o utilizador recebe a informação desejada de uma forma mais rápida, não perdendo tempo com periféricos.
A linearidade torna-se muito mais monótona para o utilizador do que a não linearidade.
Pode também ser mais difícil para o utilizador aprender a utilizar a linearidade pois não tendo interação com a máquina não lhe é tão fácil aprender, estando limitado a assistir.
Ex.: Um espectador de televisão não pode alterar a sequência da apresentação, embora possa alterar certas definições como o volume e a luz, está limitado apenas a assistir ao que é transmitido.
não-linearidade multimédia quando o utilizador não está limitado a receber as informações que o computador lhe envia, pode interagir com ele e decidir o desenrolar da apresentação.
A não-linearidade torna a aprendizagem mais fácil para o utilizador, pois ele interage com o computador e com o que está a prender. Resumidamente “é a fazer que se aprende”.
Pode ser mais confuso para o utilizador interagir num ambiente não-linear, podendo “perder-se” no sistema, devido a ser ele que escolhe um de vários caminhos que tem à sua disposição.
Ex.: “Um dos maiores desafios do software educativo multimédia é o seu potencial modo não-linear de tratar a informação que fortemente contrasta com o processo tradicional de ensinar e aprender passo a passo. “
Tipos de Produtos Multimédia
Produto multimédia designa um pacote comercial que suporta uma aplicação multimédia, como por exemplo um sistema de autoria multimédia tal como o Macromedia Flash.
Em ambos os tipos de produtos multimédia (baseados em páginas ou no tempo) as componentes espaço e tempo coexistem, distinguindo-se na estrutura organizacional utilizada como ponto de partida para a disposição dos conteúdos.
• Baseados em páginas
São desenvolvidos segundo uma estrutura organizacional do tipo espacial. Esta é uma organização semelhante à utilizada nos media tradicionais em suporte de papel como revistas, livros e jornais.
Em alguns produtos multimédia, os utilizadores podem consultar as suas páginas utilizando as hiperligações existentes entre elas. Neste tipo de produtos, as componentes interativa e temporal podem estar presentes através da utilização de botões, ícones e scripts. Os scripts vão permitir a criação de pequenos programas para a execução de ações em determinadas situações como, por exemplo, a visualização de um vídeo ao fim de um determinado intervalo de tempo ou após um botão ter sido pressionado
• Baseados no tempo
São desenvolvidos segundo uma estrutura organizacional assente no tempo. Esta é uma organização com uma lógica semelhante à utilizada na criação de um filme ou animação.
Durante o desenvolvimento deste tipo de produtos multimédia os conteúdos podem ser sincronizados permitindo assim definir o momento em que dois ou mais deles estão visíveis.
A interatividade neste tipo de produtos é adicionada através da utilização de scripts.
A componente da organização espacial é também, neste caso, utilizada durante a fase de desenvolvimento deste tipo de produtos.
Tecnologias Multimédia
Através da representação digital é possível a utilização de programas para armazenar, modificar, combinar e apresentar todos os tipos de media.
È também possível realizar a transmissão dos dados por meio de redes informáticas ou armazena-los em suportes, tais como CD e DVD. Numa representação digital, os dados assumem um conjunto de valores discretos, ou descontínuos, processados em intervalos de tempo discretos. Existem dois tipos de sinais: analógicos e digitais. O processamento de sinais analógicos é feito de forma continua no tempo pela Amostragem, Quantização e Codificação.
Tipos de sinal: Analógico e Digital
Sinal analógico é um tipo de sinal contínuo que varia em função do tempo. Um velocímetro analógico de ponteiros, um termómetro analógico de mercúrio, uma balança analógica de molas, um voltímetro analógico de ponteiros, é exemplos de sinais lidos de forma direta sem passar por qualquer descodificação complexa, pois as variáveis são observadas diretamente. Para entender o termo analógico, é útil contrastá-lo com o termo digital.
Na eletrónica digital, a informação foi convertida para bits, enquanto na eletrónica analógica a informação é tratada sem essa conversão. Um exemplo de sinal analógico é o disco de vinil.
O instrumento analógico consiste num painel com uma escala e um ponteiro que desliza de forma a se verificar a posição deste sobre aquela. Num galvanómetro, por exemplo, a deflexão do ponteiro sobre uma escala fornece a leitura direta de grandezas físicas, como tensão elétrica, ou força eletromotriz, intensidade de corrente elétrica, resistência elétrica, entre outras.
Digital
O sinal digital é uma linguagem binária, composta por "0" e "1"( bits) sendo o conjunto de 8 bits = 1 (byte). Os computadores lidam com informação codificada sob a forma de uma sucessão de dígitos binários (bits) que assumem apenas um de dois valores – 0 ou 1. Assim, qualquer valor numérico, letra, caráter ou outro tipo de informação, pode ser codificado sob a forma de um conjunto de bits – informação digital.
Decimal
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Binário
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Hex
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Referência
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0
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00000000
|
00
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Null -
NUL
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1
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00000001
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01
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Start of Heading - SOH
|
2
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00000010
|
02
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Start of
Text - STX
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3
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00000011
|
03
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End of
Text - ETX
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4
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00000100
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04
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End of
Transmission - EOT
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5
|
00000101
|
05
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Enquiry
- ENQ
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6
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00000110
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06
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Acknowledge
- ACK
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7
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00000111
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07
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Bell, rings terminal bell - BEL
|
8
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00001000
|
08
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BackSpace
- BS
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9
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00001001
|
09
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Horizontal
Tab - HT
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10
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00001010
|
0A
|
Line
Feed - LF
|
11
|
00001011
|
0B
|
Vertical
Tab - VT
|
12
|
00001100
|
0C
|
Form
Feed - FF
|
13
|
00001101
|
0D
|
Enter - CR
|
14
|
00001110
|
0E
|
Shift-Out
- SO
|
15
|
00001111
|
0F
|
Shift-In
- SI
|
16
|
00010000
|
10
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Data Link Escape - DLE
|
17
|
00010001
|
11
|
Device
Control 1 - D1
|
18
|
00010010
|
12
|
Device
Control 2 - D2
|
Por exemplo, na passagem de binário para decimal, multiplica-se o símbolo binário (0 ou 1) pela base dois elevada à posição a que este corresponde, começando pela primeira posição – potência , e assim sucessivamente.
A passagem de decimal para binário segue um processo de divisão pela base 2, sendo que o resto de cada divisão (um valor 0 ou 1) fornece o dígito binário. Para concluir esta conversão decimal – binário, o número binário obtém-se iniciando a leitura pelo resto da última divisão efetuada.
Tabela ASCII
ASCII é uma codificação de caracteres de oito bits baseada no alfabeto inglês. Os códigos ASCII representam texto em computadores, equipamentos de comunicação, entre outros dispositivos que trabalham com texto.
A codificação define 128 caracteres, preenchendo completamente os sete bits disponíveis. Desses, 33 não são imprimíveis, como caracteres de controlo atualmente não utilizáveis para edição de texto porem amplamente utilizado em dispositivos de comunicação, que afetam o processamento do texto. Exceto pelo caractere de espaço, o restante é composto por caracteres imprimíveis.
Digital:
Sinal Digital é um sinal com valores discretos (descontínuos) no tempo e amplitude. Isso significa que um sinal digital só é definido para determinados instantes de tempo, e o conjunto de valores que podem assumir é finito.
Processamento de sinais analógicos:
Amostragem:
O sinal analógico é contínuo no tempo e em amplitude, contem um número infinito de valores, dificultando o seu processamento pelo computador. Assim, há necessidade de inicialmente amostrar o sinal analógico.
Quantização:
Em processamento de sinais, quantização é o processo de atribuição de valores discretos para um sinal cuja amplitude varia entre infinitos valores.
Codificação:
Codificação significa a modificação de características de um sinal para torná-lo mais apropriado para uma aplicação específica, como por exemplo transmissão ou armazenamento de dados.
Pulse-code modulation (PCM) é um método usado para representar digitalmente amostras de sinais analógicos.
Recursos necessários
Hardware
Periféricos de entrada e saída
- entrada : basicamente enviam informação para o computador
- saída : transmitem informação do computador para o utilizador
Disco rígido
Dispositivos de Armazenamento
Os dispositivos de armazenamento permitem guardar dados de forma permanente ou semipermanente.
Estes dispositivos, de acordo com a tecnologia utilizada na leitura e escrita dos seus dados, podem ser classificados em: • magnéticos, • semicondutores • ópticos. MagnéticosOs discos rígidos (HD - Hard Disk), assim designados por serem constituídos por material metálico, utilizam a electromagnetização das partículas para a gravação e a leitura dos dados. Estes dispositivos permitem armazenar grandes quantidades de informação, que depois é acedida aleatoriamente. Os discos rígidos podem ser designados por internos ou externos, conforme estão instalados dentro ou fora do computador. A vantagem dos discos externos é permitir transportá-los de forma mais fácil para outros computadores. Bandas magnéticasAs bandas magnéticas utilizam a electromagnetização das partículas de uma fita magnética para a gravação e a leitura dos dados, realizadas de forma sequencial. As bandas magnéticas continuam a ser o suporte mais económico de armazenamento de grandes quantidades de dados e, por isso, as mais indicadas para fazer cópias de segurança(backups) da informação existente num computador.Semicondutores
Cartões de memória Os cartões de memória servem para armazenar dados como texto, fotos, vídeos e músicas. Estes são usados em diferentes tipos de dispositivos de hardware como, por exemplo, câmaras fotográficas digitais, telemóveis e leitores de MP3.
De entre os vários tipos de cartões de memória, destacam-se os CompactFlash, SmartMedia, SD (Secure Digital) Memory e MMC (MultiMedia Card).
Pen drives
As pen drives servem para armazenar dados e ligam-se ao computador através de uma porta USB. Estas memórias constituem um meio prático para transporte de dados entre computadores, não necessitando, na maior parte das vezes, de instalação prévia de software. Relativamente ao seu tamanho e custo, pode-se considerar como boas a capacidade de armazenamento, a fiabilidade e a taxa de transferência dos dados.
Os dispositivos de armazenamento ópticos são dispositivos em que a leitura e a gravação dos dados são realizadas por processos ópticos, ou seja, através da utilização da tecnologia laser. CD (Compact Disk)
CD (Compact Disk) A - Para gravação No quadro seguinte são apresentados os principais formatos de CD, de acordo com as várias possibilidades de gravação. B.1-Áudio a) CD-Digital Audio
O formato CD-Digital Audio (CD-DA) surgiu em 1982 e foi o primeiro formato de CD indicado para a gravação de áudio com muita qualidade. Este, quando surgiu, revolucionou a forma de gravação que, até à época, era realizada no formato analógico em discos de vinil e fitas magnéticas.
Os sinais analógicos, ao serem gravados nestes CD, eram convertidos em sinais digitais.
Para a divulgação deste formato de CD contribuíram, na época, de forma determinante, as seguintes características: qualidade superior do audiodigital gravado, tamanho dos discos de 12 cm de diâmetro e capacidade para 74 minutos de música.
O formato CD-Digital Audio é um formato cujos ficheiros podem ser reproduzidos em qualquer leitor de CD.
Quando os ficheiros de áudio estão num formato diferente do CD-DA, por exemplo, MP3, MP3pro, WAV, VQF, WMA e AIF, estes são automaticamente convertidos no formato CD-DA antes de serem gravados num CD de áudio. A conversão do formato dos ficheiros pode atrasar o processo de gravação.
b) CD-Text
O formato CD-Text é utilizado para armazenar nos CD texto e áudio. Este texto pode consistir em informação relacionada com os títulos e os intérpretes das músicas.
Actualmente, a maior parte das unidades de leitura CD-DA, existentes no mercado, não suportam o formato CD-Text. Estas unidades podem reproduzi-los como se fossem CD de áudio, ignorando o texto. Para que isto não aconteça, é necessário utilizar uma unidade de leitura CD-DA modificada.
Para criar um CD-Text, o gravador de CO tem de suportar este formato e gravá-lo no modo de gravação OAO (Disc At Once - disco de uma vez), gravando uma ou várias pistas do CD numa só operação e fechando-o depois.
c) Enhanced Music CD
.O formato Enhanced Music CD permite criar CD com áudio e dados segundo uma nova concepção. Neste formato as pistas de áudio vão ser gravadas no início do CO e as pistas de dados no fim.
Estes discos são mais indicados como suporte multimédia do que os discos CD-DA, que apenas suportam áudio. No formato Enhanced Music CD, as unidades de leitura CD-DA apenas lêem o áudio e ignoram os dados e as unidades de leitura CD-ROM XA lêem o áudio e os dados. d) Super Audio CD O formato Super Audio CD (SACD) resultou de mais uma parceria entre a Sony e a Philips. Este formato reúne boas características de um padrão de som digital, porque aperfeiçoa a frequência de amostragem e o nível de quantização do sinal, melhorando a gravação e a reprodução dos sinais digitais. Para além da qualidade sonora, também a quantidade de informação aumentou em relação aos outros CD. B.2 - Vídeo e dados a) CD-ROM XA
O formato CD-ROM XA (Compact Disc - Read Only Memory Extended Architecture) é uma melhoria introduzida pela Sony, Philips e Microsoft em 1988, permitindo a intercalação linterleaving) de dados de áudio, texto e imagem num àisco óptico mu\timédia. Os leitores do formato CD-ROM XA podem ser utilizados como periféricos do computador.
O formato Photo-CD constitui a base para a criação de um suporte alternativo às fotografias e aos slides convencionais, tornando possível o seu armazenamento no formato digital em discos CD-R.
Os CD, neste formato, podem ser lidos em unidades de leitura Photo-CD e visualizados na televisão ou em unidades de leitura CD-ROM, CD-ROM XA e visualizados no monitor do computador.
c) Vídeo CD
O formato Vídeo CD (VCD) foi criado em 1993 pela Philips e JVC, de forma a permitir armazenar filmes que pudessem posteriormente ser reproduzidos em computador. Este formato de CD é na realidade do tipo CD-ROM XA e pode comportar 74 minutos de áudio e de vídeo digitais, utilizando a compressão MPEG-1.
d) Super Vídeo CD
O formato Super Vídeo CD (SVCD) foi concebido para ser o sucessor tecnológico do formato Vídeo CD, no entanto, ao nível técnico está mais próximo do DVD do que do CD.
Os CD gravados no formato Super Vídeo CD contêm sequências de vídeo MPEG-2 e, utilizando a qualidade mais elevada, podem conter cerca de 35 minutos de filme num disco-padrão com 74 minutos de capacidade de armazenamento.
e) CD Multissessão
O formato CD Multissessão tornou possível superar os inconvenientes do formato Disc At Once utilizado inicialmente pelos CD-R. Nestes, os dados eram gravados de uma só vez e numa única pista. Para concluir a gravação, o CD era fechado e não se podia acrescentar ou alterar dados ao seu conteúdo. Com o formato CD Multissessão, os CD passaram a poder ser gravados em várias sessões e em momentos definidos pelos utilizadores, até o disco ficar preenchido. Em cada sessão de gravação, a tabela de conteúdo do CD (table of contents ou TOC) é actualizada para incluir as novas informações. Para que um CD Multissessão seja tratado pelo computador como uma unidade semelhante a uma das unidades internas, é necessário que o leitor de CD seja do tipo multissessão. Se o leitor de CD não for multissessão, somente os dados gravados na primeira sessão de gravação serão vistos e todos os demais serão ignorados.
Sistema de ficheiros CD e DVD
ISO 9660 Format
Padrão Internacional de armazenamento de dados que descreve a estrutura de arquivos e diretórios de um CD-ROM. Especifica a Estrutura Lógica para arquivos e diretórios em um CD-ROM. Joliet É uma extensão do padrão ISO 9660, desenvolvido pela Microsoft para permitir gravação em CDs de nomes de arquivos com até 64 posições incluindo espaços e o conjunto de caracteres Internacional (Unicode). Joilet também grava o padrão associado ao DOS de cada arquivo de forma que o arquivo possa ser lido em Sistemas DOS e em versões anteriores de Windows. Red Book Método de gravação de dados em CD, para trilhas de áudio, em blocos de dados de 2.352 bytes com 98 quadros com 24 bytes cada. Batizado desta forma pela cor da encadernação da pasta (Livro Vermelho), esta especificação foi desenvolvida pela Sony e pela Philips Eletronics. Esse foi o primeiro padrão de gravação em CD, e permitiu que qualquer toca-discos laser pudesse reproduzir CDs de áudio. UDF (Universal Disc Format) Formato Universal de Disco. É um Sistema de Arquivos (file system) adotado pela OSTA (The Optical Storage Technology Association) para uso no padrão "packet writing" e em outras tecnologias óticas de gravação de discos. Yellow Book Especificação que descreve a estrutura de um bloco simples de um CD-ROM. O Modo 1 do "Yellow Book", criado pela Philips e Sony exclusivamente para dados, define uma área de sincronismo de 12 bytes e 4 bytes de cabecalho no começo de cada bloco, seguidos por 2.048 bytes de dados, 8 bytes para código de detecção de erros EDC, 272 bytes para código de correção de erros ECC e uma área livre de 8 bytes para preencher o bloco. Este modo permite Orange Book Padrão de gravação de dados em CD-ROM, que atualiza o padrão anterior "YELLOW BOOK", permitindo gravar um CD incrementalmente.Foi especificado pela Philips e Sony como padrão para CDs óticos/magnéticos (CD-MO) e Sistemas de escrita única (Write-Once Systems CD-WO, em outras palavras, é o padrão no qual os CDs graváveis são gravados. UDF (Universal Disc Format) Usado na gravação de DVDs e alguns programas usam também pra gravação de Cds. Formato Universal de Disco. É um Sistema de Arquivos (file system) adotado pela OSTA (The Optical Storage Technology Association) para uso no padrão "packet writing" e em outras tecnologias óticas de gravação de discos. Macintosh HFS HFS (Hierarchical File System) é o sistema na tivo usado pelo sistema operacional da Macintosh para organizar dados em HDs e Floppys. Pode ser também usado em Cds. Rock Ridge É uma extensão do Formato ISO 9660, que permite nomes de aquivos maiores e mais profundidade de diretórios. CD-I (Compact Disk Interative) Formato de gravação de dados em CD (Compact Disk Interactive), definido pelo padrão "Green Book" que permite que aplicações interativas em multimídia sejam executadas em um computador/disc player conectados a uma televisão. É um formato proprietário da Philips. Green Book Especificação para gravação de CD-I desenvolvida pela Philips que usa uma área em branco de 8 bytes no final dos blocos do padrão "Yellow Book" mode 1 como um cabeçalho que indica o tipo do conteúdo do bloco, permitindo que se intercalem dados e áudio em um CD-I. El Torito Bootable CD/DVD É uma extensãoda ISO 96600. Foi desenvolvida pra permitir que um computador seja "bootado" a partir de um CD ou DVD. Foi desencolvido pela IBm em conjunto com a desenvolvedorade BIOS Phoenix Technologies. IFO/VOB Não é um sistema de arquivos real, é um conjunto de arquivos IFO e BUP dentro de um sistema de aquivos (ISO 9660 e UDF). Este conjunto é usado como sistema de aqruivos em muitos DVD players. Setor (Sector)É a menor unidade de armazenamento de dados em um CD. Um disco possui (75 setores por segundo) x (60 segundos por minuto) x (numero de minutos que podem ser gravados no disco). A quantidade de dados que pode ser armazenada em cada setor, depende do padrão de formato físico "physical format" que o setor for gravado. Em geral um CD-ROM padrão pode armazenar 2048 bytes (2 kbytes) de dados em cada setor. Nota: Não são todos os bytes do setor que podem ser usados como dados úteis, existem informações de controle do formato físico de dados do CD que também são armazenadas dentro de cada setor de dados a serem gravados |
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